Diálogo
« A vida é a arte do encontro,
mesmo havendo tantos desencontros na vida. »
(Vinícius De Moraes)
« Aproximar-se, exprimir-se, escutar-se, olhar-se, tentar compreender-se, buscar pontos de contato: tudo isso se resume no verbo “dialogar”. Para nos encontrarmos e nos ajudarmos mutuamente, precisamos dialogar. » (Fratelli tutti 198)
Nesses lugares em que vivemos, dialogamos através da vida, dos pequenos gestos de comunhão. Diálogo significa estar presentes, ter o coração aberto ao encontro, à aceitação do diferente e realizar o “apostolado” do sorriso e da benevolência.
« Hoje, não temos tempo e energia suficientes para parar e tratar bem os outros, falar “por favor”, “desculpe”, “obrigado”. Mas de tempos em tempos aparece o milagre de uma pessoa amável, que deixa de lado suas ansiedades e suas urgências

para dar atenção, oferecer um sorriso, dizer uma palavra de estímulo, para tornar possível um espaço de escuta em meio a tanta indiferença. Esse esforço, vivido a cada dia, é capaz de criar uma coabitação sadia, que supera as incompreensões e evita os conflitos. Cultivar a benevolência não é um pequeno detalhe nem uma atitude superficial ou burguesa. Porque supõe valorização e respeito, a benevolência transfigura profundamente o modo de vida, as relações sociais e o modo de debater e confrontar as ideias, quando ela se torna cultura em uma sociedade.» (FT 224)
« O termo “cultura” designa alguma coisa que se enraizou no povo, em suas convicções mais profundas e em seu modo de vida. Se falamos de uma “cultura” no povo, é mais que uma ideia ou uma abstração. Esta inclui as ânsias, o entusiasmo e, finalmente, um modo de viver que caracteriza tal grupo humano. Consequentemente, falar de “cultura do encontro” significa – como povo – procurar nos encontrar, procurar pontos de contato, construir pontes, ter em vista alguma coisa que inclua todo mundo, que nos apaixone. Isso se torna um desejo e um modo de vida. » (FT 216)